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José Lutzenberger: Um mediador entre o ambientalismo brasileiro e global (Déc. 1980-1990)

Este projeto visa a elaboração de um estudo articulando os referenciais teórico-metodológicos da Biografia Histórica e da História Ambiental sobre a atuação do ambientalista José Lutzenberger como mediador entre o movimento ambientalista brasileiro e internacional. Contamos com financiamento do CNPq.

Em Marrocos, como funcionário da BASF
No Marrocos, 1967-69
Em 1971, já como presidente da AGAPAN
Entrevista como presidente da AGAPAN
Quem foi Lutzenberger?

      Lutz foi funcionário da multinacional agroquímica BASF por treze anos (1957-1970), emprego por meio do qual estabeleceu contatos nos diversos países em que morou e viajou, e, em 1971, deixou a empresa para fundar uma entidade ecológica, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), tornando-se um dos principais críticos dos agrotóxicos e de todo o pacote da chamada revolução verde no Brasil.

      Além da luta contra os agrotóxicos – a principal de sua militância, como os documentos em seu arquivo deixam claro – ele se envolveu, entre tantas outras campanhas, na defesa da Floresta Amazônica. Essa luta, em especial, o projetou para além das fronteiras nacionais, com a participação em documentários assistidos em países europeus e americanos, e o convite para ministrar palestras e conferências no exterior - no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Suécia, Holanda, Quênia, Colômbia, Venezuela, Cuba, entre muitos outros. Por essa atuação recebeu prêmios importantes, como o Livelihood Award (considerado o Nobel Alternativo), em 1988 na Suécia, e o Vida Sana, na Espanha em 1990, e foi alçado a Secretário Nacional do Meio Ambiente, com status de Ministro, no governo Collor, cargo que ocupou de 1990 a 1992, participando ativamente das reuniões preparatórias da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92.

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